Seattle – Minha segunda casa

Opa! Tudo bom?

Não escrevi muito aqui no blog sobre isso antes, mas pra quem não sabe, 2016 foi uma ano bastante intenso na minha vida. Rolou uma revolução. haha Conheci minha esposa, e depois de 6 meses de namoro, eu estava me mudando para o lugar que aprendi a chamar de casa: Seattle!

Foto da 5a avenida no centro de Seattle, Washington - EUA

Uma cidade que até então eu conhecia apenas por ser a terra do grunge e também por ser muito perto do Canadá (fica a apenas 3h de Vancouver). Então vamos lá né! Ouvir muito Nirvana, Pearl Jam e etc. haha

Chegando lá, descobri que é a cidade que mais cresce nos Estados Unidos nos últimos anos. O centro e um bairro do lado chamado South Lake Union tem se transformado muito, principalmente por causa da Amazon. Além dela, Seattle é sede de muitas outras multinacionais, como a Microsoft, Starbucks, Boeing, etc.

Uma outra curiosidade: ela fica no estado de Washington. Que nada tem a ver com Washington DC (capital dos Estados Unidos).

Curiosidade 2: Seattle não é a capital de Washington. A capital é Olympia!Space Needle - Seattle

Curiosidade 3: A Space Needle, famosa torre no skyline de Seattle, foi a construção que inspirou a casa dos Jetsons no desenho animado de mesmo nome!

Bom, voltando ao post, a princípio morei em Ballard. Um bairro um pouco mais pro norte e com origem nórdica. Tem uma arquitetura e atmosfera bem interessante.

Mas sendo sincero, não tendo carro, eu não moraria ali. Acho que iria pra Capitol Hill, que é um bairro mais boêmio, mais perto do que é a Vila Madalena em São Paulo. Lá, tem muitos bares e restaurantes e tudo que você precisa rola de fazer a pé. Além de ser também do lado de Downtown. Dá pra ir andando de bouas!

Agora se você tiver carro é outra história. Aí sim, vale morar em Ballard ou até em bairros mais ao norte ou mais ao sul. Ainda mais se considerar o preço dos aluguéis, que tem subido muito nos últimos anos. (Maldita Amazon!!!)

Bom… pra não me alongar muito, no meio de 2017, eu e minha esposa voltamos pra São Paulo. Ela, que é americana, já está fluente no português e está amando o Brasil.

Mas uma coisa não deixa de sentir falta: o clima frio na época do Natal. Ela diz que Natal no calor não faz sentido! Cadê a neve? haha Então, pra curar o homesickness da mulher, fomos pra Seattle por um mês, no final do ano passado. Pegamos o Thanks Giving e ficamos até dia 20 de dezembro mais ou menos.

Minha irmã e minha mãe resolveram ir junto e, por isso, fizemos vários passeios turísticos com elas. Pra ilustrar um pouco de como foi fiz um vídeozinho da viagem. Dá uma olhada aqui embaixo e se curtir, deixa o like lá no canal!!!

Não me alonguei muito porque não queria deixar o post muito longo. Mas se você estiver planejando ir pra lá, me manda uma mensagem que eu ficarei mais que feliz em poder dar dicas e sugestões do que fazer por lá. Seattle tem muita coisa legal e vale a pena conhecer!

Por hoje é só, pessoal! Bjos,

Zé!

Sun Valley, Idaho

E aí, gente?! Blog mais parado que água de dengue mas vamos lá! Tirei um tempo pra escrever sobre Sun Valley, no estado de Idaho, nos Estados Unidos.

Já ouviram falar? É um vale com 3 cidades (Ketchum, Haley e Belleviu) escondido em Idaho, conhecido por pouquíssima gente mas que tem sido um reduto ecoturístico dos Estados Unidos. Vários ricões de Hollywood tem casa aqui e usam de casa de verão ou inverno.

O vale é mais conhecido pelo Sun Valley Lodge, que por ser uma estação de esqui (Baldy e Dollar Mountain), bomba no inverno. Mas nem só de gelo vive o vale do sol. No verão dá pra fazer uma porrada de coisas.

Fiquei em Haley e logo no primeiro dia fiz uma trilha pela Carbonate Mountain, bem colada na cidade. Uma trilha de dificuldade média e com uma vista espetacular da cidade.

No segundo dia fiz mountain bike nos arredores do vale, mais ao norte de Ketchum. Foi sensacional. Pra quem não tem experiência com mountain bike, vá com um guia. Em vários trechos do percurso a dificuldade foi alta com descida bastante veloz nas rampas do morro.

Terceiro dia foi o mais legal e mais difícil: hiking na Pioneer’s Cabin Mountain. Basicamente uma montanha de 9.400 pés de altura que tem uma cabana construída no topo, por volta de 1930, para que os rangers pioneiros pudessem se abrigar quando estivessem na estrada. Tem uma dificuldade alta e não recomendo para quem não está habituado. 2h15 de subida com vários pedaços escorregadios de neve.

Por fim, fiz um videozinho pra contar melhor em imagens como foi essa viagem! Deem um play aí! Fui!

Aspen e Snowmass – Colorado, EUA

Outra viagem internacional que fiz em 2015 foi pra Aspen e Snowmass, no Colorado, Estados Unidos. Fui a trabalho e, assim como na viagem de Puerto Varas, não dá pra aproveitar taaanto quanto gostaria, mas já dá pra ter uma ideia e compartilhar um pouco da experiência. Minha viagem foi em junho de 2015 e fiquei lá por quatro dias.

Aspen

Aspen e Snowmass são duas cidades pequenininhas, coladas uma na outra. Talvez a primeira seja mais famosa que a segunda (quem não se lembra do filme do Debby e Lóide?) mas Snowmass também tem seu valor. Elas sobrevivem muito do turismo no inverno, devido às estações de esqui. Quando a temporada começa, a grande maioria dos turistas que tem um poder aquisitivo (bem) elevado chega em seus aviões particulares. Me disseram que mais de 100 aviões particulares pousam por dia.

Pode-se dizer que até há alguns anos, Aspen e Snowmass só existiam durante 6 meses do ano (temporada de inverno) e nos outros 6, com as estações de esqui fechadas, a cidade toda parava. Mas de uns tempos pra cá, começaram a desenvolver muito o turismo baseado em outras atividades de verão, como rafting, hiking, cicloturismo e outras, aproveitando White River National Forest, onde ficam as famosas montanhas Maroon Bells. E também em eventos. Só nesses quatro dias que estive lá pude notar 3 eventos acontecendo ao mesmo tempo, além do que eu estava participando.

Como fui em junho, peguei justamente essa nova fase do turismo de Aspen e Snowmass. Ainda assim, pude perceber muitas lojas e comércios locais fechados. Diria que 50%.

Bom, começando a falar sobre minha experiência, primeiro, o local que fiquei foi em Snowmass, no hotel Pokolodi Lodge. Os motivos foram o preço e a distância pro evento que eu iria trabalhar, que era no Westin Snowmass Resort, que fica exatamente do lado. O hotel era bem bom. Paguei 89 dólares a diária e reservei pelo Booking.com. Só uma dica: peça para ficar nos quartos de cima. Do contrário, se você cair nos quartos de baixo, vai ter bastante exercício físico para vencer as escadas todos os dias.

O primeiro dia lá cheguei a tarde, então aproveitei pra conhecer Aspen. O transporte público é gratuito entre as duas cidades. Basta esperar no ponto e subir nos ônibus. É interessante que para ir de Aspen para Snowmass ou vice-versa, você tem que pegar o ônibus da cidade que está e parar em uma parada no meio das duas cidades (Interception). Espere um tempo (curto) que logo vem o ônibus da outra cidade passando para seguir viagem.

Aspen e Snowmass - mapa ônibus

Continuando, meu primeiro dia/noite foi só conhecendo Aspen que é muito pequena! Fiquei dando uma volta pelas ruas centrais e tirando fotos. A noite comi um hambúrguer no CP Burger. =P

Aspen

No segundo dia, eu tinha que trabalhar apenas de noite. Então resolvi fazer um bike tour com a Blazing Adventures, uma das empresas mais antigas de lá e muito confiável. Recomendo os passeios com eles. O nome do tour, para ser bem específico, foi o Maroon Bells Bike Ride – Full Day. 

Eu expliquei que não era um ciclista muito experiente em longas distâncias, mas eles explicaram que é justamente para quem não tem prática. Eles levam o grupo de ônibus até o lago que beira os Maroon Bells na Whit River National Forest e de lá começa descendo até de volta a Aspen. O trajeto todo é uma descida leve, com algumas paradas para explicação, outra maior com almoço (não se preocupe, está tudo incluso), e por último, terminamos em um restaurante local bem tradicional com alguns drinks por conta da casa! Também não precisa se preocupar com equipamentos ou roupas. Eles fornecem tudo! Uma pena que nesse dia o tempo estava fechado e não deu pra ver as Maroon Bells direito. =/

Maroon Bells

O passeio começou por volta das 9h (ponto de encontro foi o lobby do Westin Snowmass) e terminou por volta das 15h30. O preço foi de 139 dólares.

Esse passeio foi o highlight dessa viagem. Foi sensacional. Recomendo muito mesmo! Tinha outra opção de fazer uma caminhada, mas acho que esse da bike deve ser melhor. Todo o grupo ficou muito satisfeito.

Conheci também alguns restaurantes por lá. Como estava nos Estados Unidos, claro, fui atrás de um bom hambúrguer. Como falei, no primeiro dia comi no CP Burger. Bom! Muita gente recomendou lá, mas parece muito com uma rede, apesar de não ser. Os mais artesanais, que recomendo mesmo, foram o Big Hoss, dentro do Snowmass Mall, e o 520 Grill, em Aspen mesmo. Pode ir nesses dois sem medo que não irá se arrepender!

No último dia, meu voo de volta era a tarde. De manhã, deu pra ir de carro ainda nos Maroon Bells de volta e foi recompensador! Nesse dia o céu estava aberto e deu pra ver muito bem as montanhas!

Maroon Bells, Colorado, EUA
Maroon Bells, Colorado, EUA

É isso! Besos!

 

 

Dicas pra um mochileiro em Nova York

Um amigo me mandou um e-mail esses dias pedindo dicas de Nova York. Assim como eu fui, ele tá indo sem muita grana e vai ficar em albergue. Então aí vai!

1 – Albergues

Albergue

O s albergues são ruins. Principalmente porque não tem clima de albergue. Não é a mesma coisa de outros lugares do mundo em que todo mundo interage e conhece gente de todo canto. O esquema é bem frio mesmo. Cada um no seu laptop. Nada de festinha. E ainda por cima são caros! Bastante pra quem tá acostumado com a vida de mochileiro. Em média de 25 a 30 dólares a noite, em quartos que você divide com mais 7 desconhecidos.

2 – Onde ficar?

Existem muitos albergues no Harlem (bairro ao norte do Central Park, em Manhattan mesmo). Não acho uma boa escolha. O bairro não é tão, digamos, acolhedor. Se ficar lá, a noite não volte sozinho. É um pouco barra pesada mesmo. Acho uma boa opção os albergues de Upper West Side, também em Manhattan. Em média cobram o mesmo preço e o bairro é bem melhor. Os prédos são bonitos e rola de andar sem preocupação a qualquer hora. Recomendo o Candy Hostel. Preço bom (para o padrão NY e me deram um quarto melhor do que eu havia pago ainda não sei porque). Também fiquei no Jazz on the City. Também é muito bom, mas fiquei no sexto andar e o albergue não tinha elevador. Foi tenso! kkkk

3 – Passeios free e obrigatórios

Alguns lugares que são cartão postal de NY e que são de graça: Times Square, vale vários passeios; Grand Central Station, aquela mesma que aparece em vários filmes, com o relógio no meio; o Wall Street Bull, aquele que aparece no filme Hitch, Conselheiro Amoroso; a ponte do Brooklyn; o Central Park, nem precisa comentar né; e sugiro também a Appel Store na Fifth Avenue (é iradíssima).

4 – Passeios pagos, obrigatórios se possível

O Empire State building (acho que foi uns 40 dólares mais ou menos). Estátua da Liberdade, possui um passeio de barco que te leva até a ilha, custa por volta de 25 dólares. O museu de cera Madame Tussauds, custa por volta de 35 dólares (mas rola umas promoções, é só achar flyers nos hostels). Algum musical da Broadway (esse é caro mesmo e vou separar um parágrafo só pra ele).

5 – Musicais da Broadway

Os musicais da Broadway realmente valem a pena. Se você é daqueles que fazem cara feia ao ouvir o nome “A Bela e a Fera”, vai morder a língua. Eu mordi pelo menos! Valem a pena mesmo. Mas são caros. Então aí vão duas alternativas para os quebrados:

A primeira consiste em ir logo no primeiro dia que chegar em NY aos teatros da Broadway espalhados por Manhattan. São vários e tente garantir os ingressos mais baratos (por volte de 40 a 50 dólares) para quatro ou cinco dias a frente. Quando eu fui esse era mais ou menos o tempo que tinha que esperar para um espetáculo com cadeiras mais baratas. Antes disso já estava tudo esgotado.

A segunda opção é ir ao Times Square por voltas das 2 da tarde e encarar uma fila gigantesca. Tem um lugar lá que vende ingressos para os espetáculos com promoções para o mesmo dia. Não recomendo. A fila demora muito e as promoções não são tão atraentes assim.

6 – Onde comprar roupa barata?

Lá no sul da ilha existe uma loja que é o recanto dos brasileiros. Sério, nunca ouvi tanto português nos EUA como ouvi lá. Mas enfim, se chama Century 21. Vende todas as marcas conhecidas, mas só das coleções passadas. Isso gera ofertas como um moleton da Adidas por 10 dólares. Ou uma bolsa da Tommy Hilfiger por 35 dólares. E por aí vai! Só que tem que estar disposto pra procurar. Parece uma feira! Enfim, se você acha que a onde que vai tirar no Brasil vale o esforço, mãos à obra! Se não, vai pra loja da Macys que é um pouco mais cara, mas é toda organizadinha e bem mais vazia!

A Invasão Latina

O Zé tá nos Estados Unidos. Ou seria México? Ou Cuba?

Enfim, pelos Estados Unidos passei por quatro grandes cidades (no que se refere a tamanho mesmo). Los Angeles, Las Vegas, Miami e Nova Iorque. Mas a impressão que deu é que eu estava em algum país da América Latina.

Que na Flórida o espanhol é o idioma mais falado e a população de latinos já é mais da 50%, todo mundo sabe. Quando estava em Miami, era comum as pessoas me atenderem primeiro em espanhol quando estava em restaurantes e lojas.  Apenas em caso de você não dominar a língua, eles trocam para o inglês.

Em Los Angeles a impressão foi também muito parecida. Isso devido à grande concentração de mexicanos. Eu diria que enquanto os latinos da Flórida vêm de Cuba, Porto Rico, e a América Latina em geral, na Califórnia, eles vêm só do México mesmo. É fácil perceber um estilão mais “chicano” por lá. Arquitetura, estilo das pessoas e a forma como se comunicam. Eu só não tinha ideia de que era tanto.

Em Las Vegas, a presença latina era um pouco menor em comparação às duas cidades anteriores, mas ainda sim, bastante forte. Nas ruas, minha impressão era de que 50% da vozes falavam em inglês e a outra metade em espanhol.

Por fim, Nova Iorque também não ficou pra trás. Andando pelo Times Square, acho que o espanhol era o mais falado. Seguido pelo português. Em uma ocasião, pegando o elevador no Madame Tussauds , estava eu, uma mulher de uns quarenta anos, um outro casal e mais duas meninas de uns 15 anos. E não é que todo mundo era brasileiro. No meu albergue, as duas faxineiras eram dominicanas, o atendente era do Peru e até o cara que me atendia no Subway vizinho era do Panamá. Era assim, todo mundo de um canto diferente dessa americazona.

E em termos de comunicação, como é que fica? Em Miami é incontestável. Se deixar a população latina de lado é pedir pra ser esquecido. E não é por menos que a grande maioria (bem esmagadora mesmo) dos outdoors, flyers, spots de rádio e outras mídias eram 100% em espanhol. Só não digo isso de televisão porque eu não assisti.

Encontrei inúmeras peças em espanhol também na Califórnia e em Las Vegas. As marcas direcionam para o público mexicano (ou descendente dele) mesmo. Sem nenhuma dó ou pudor. “Se você é americano e não entende espanhol, azar o seu, meu público entende é ele que eu quero atingir.” Só por esse fato, já dá pra ter noção do tamanho que é a comunidade latina por lá. Se existem anúncios direcionados a eles, é por que é vantajoso pras empresas, ou seja, são eles que estão dando retorno financeiro.

E  para minha surpresa, Nova Iorque seguiu na mesma linha. Mesmo distante das fronteiras latinas, a população estrangeira que vive lá, mais a grande quantidade de turistas, já é o suficiente para proporcionar também peças publicitárias em espanhol.

E assim, os Estados Unidos vai aumentando a sua população latina e os americanos americanos mesmo vão perdendo espaço. É bom o Tio Sam começar a praticar esse spanglish!